sábado, 13 de julho de 2019

Quatro

QUATRO

Para ele eram quatro.
Tudo o que fazia era para quatro.
Sempre quatro.
Não existia outro número, só o quatro.

Não imaginava a vida com outro número.
Esse era o número mágico.
O do quadrado perfeito.
Quadrilátero amado.

Dois filhos, um casal.
Um menino, uma menina.
Um homem, uma mulher.
E tinha que ser assim até o final.

Mas não foi.
O quadrado desmanchou.
Cada lado para um canto.
Quadrilátero desmontado.
Linhas. Soltas.

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